"Este um livro de autoajuda?"

Sabemos do costumeiro preconceito e descr dito do meio liter rio para com os livros de autoajuda. Por m isto tamb m se deve, em grande parte, aos pr prios escritores de autoajuda, que em sua maioria optam em seguir por "caminhos f ceis", evitando tocar no cerne da quest o - o autoconhecimento.

Se analisarmos os livros de autoajuda produzidos hoje no mundo, encontraremos basicamente duas categorias. Uma delas nos diz assim: "Tudo poss vel Basta desejar profundamente que ir conseguir "; J a outra se ocupa de nos consolar quando n o temos sucesso em "conseguir tudo", e nos sentimos um lixo.

H , portanto, uma clara correla o entre uma sociedade que nos anuncia por todos os cantos da cidade que podemos conseguir tudo o que quisermos, e a exist ncia da chamada baixa autoestima.

Antigamente uma pessoa pobre era chamada desafortunada. Hoje, criamos uma alcunha um tanto mais cruel: perdedora. Hoje os an ncios nos dizem que somos n s quem estamos no comando, e n o os deuses. Se n o temos sucesso, a culpa nossa - perdemos.

Mas aqui que entra a filosofia. A filosofia a verdadeira autoajuda, o verdadeiro autoconhecimento, o verdadeiro amor ao saber.

Segundo Epicteto e os estoicos, devemos ter sempre em mente os infort nios da vida, e o conhecimento de que h coisas que est o sob nosso controle, e outras que n o est o. Somente assim saberemos que podemos sim perder, mas que n o somos perdedores. E, da mesma forma, tamb m saberemos que podemos sim ganhar, mas que n o somos ganhadores.

Somente com este desapego aos an ncios da cidade grande que teremos enfim o tempo e a disposi o de olhar para dentro, e nos conhecer. Se isto autoajuda? Certamente - autoajuda da melhor esp cie

Com voc s, o manual para a vida, o Enchiridion de Epicteto...

O editor.